Por Adriana Ikezire
A pega correta é, sem dúvida, uma das maiores preocupações das mães durante o período de amamentação. E não é por acaso: além da dor, uma pega inadequada pode gerar consequências significativas, como dificuldade no ganho de peso do bebê, redução na produção de leite, privação de sono prolongada, sentimentos de incapacidade materna e até quadros de depressão.
É importante entender que avaliar a pega vai muito além de observar apenas a boquinha do bebê na mama. O olhar precisa ser ampliado: envolve o posicionamento do bebê no colo da mãe, a postura da mãe durante a mamada e, especialmente, a avaliação das estruturas orais do bebê.
A língua, as bochechas e os lábios do bebê precisam ter mobilidade adequada para que a sucção e a deglutição aconteçam de maneira eficiente, confortável e sem dor. Quando há alguma limitação nesses movimentos – como no caso das anquiloglossias (as famosas “línguas presas” ou alguma pressão intra-oral aumentada) – a dor pode persistir, mesmo que a pega aparente estar correta.
Por isso, o acompanhamento de uma equipe multiprofissional faz toda a diferença. Com um olhar cuidadoso e especializado, é possível identificar cada detalhe que pode estar interferindo no sucesso da amamentação, oferecendo à mãe o apoio necessário para que esse momento seja vivido com mais leveza, segurança e vínculo.
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